China ativa arma quântica e acende alerta sobre o futuro do Bitcoin e da segurança digital

Cientistas chineses quebram chave criptográfica com computação quântica, levantando preocupações sobre o futuro do Bitcoin e da segurança digital.

TECNOLOGIA

Equipe Spark Tech

5/19/20252 min ler

Computação quântica chinesa
Computação quântica chinesa

China avança na computação quântica e coloca criptografia em risco

Computação quântica e segurança digital

A segurança digital sempre se baseou em algoritmos criptográficos considerados praticamente invioláveis por computadores tradicionais. No entanto, um avanço recente da China em computação quântica pode mudar esse cenário. Pesquisadores conseguiram quebrar uma chave RSA de 90 bits utilizando um computador quântico comercial, reacendendo discussões sobre os riscos que os qubits representam para o mundo digital.

Como a computação quântica ameaça a criptografia

O experimento foi liderado pelo professor Wang Chao, da Universidade de Xangai, e publicado no periódico Chinese Journal of Computers. A equipe utilizou um computador quântico chamado D-Wave Advantage, com 5.760 qubits, e aplicou uma técnica chamada quantum annealing (temple quântico), que explora princípios da física quântica como superposição e entrelaçamento para resolver cálculos extremamente complexos em tempo recorde.

Esse feito marca um ponto de virada no poder de processamento que a computação quântica pode oferecer. Embora o experimento tenha decifrado apenas uma chave RSA de 90 bits, especialistas alertam que, com o avanço da tecnologia, sistemas mais robustos podem ser comprometidos no futuro.

Bitcoin está seguro por enquanto, mas por quanto tempo?

O Bitcoin não utiliza o sistema RSA, mas sim o ECDSA (Elliptic Curve Digital Signature Algorithm), um algoritmo baseado em curvas elípticas. Ainda assim, o sucesso dos chineses em quebrar uma chave RSA acende um alerta: se um computador quântico comercial já é capaz de vulnerar uma tecnologia de segurança digital, pode ser apenas uma questão de tempo até que outras formas de criptografia, como a usada no Bitcoin, também sejam atingidas.

Mais preocupante é o fato de que o D-Wave Advantage não é um equipamento secreto de uso militar — ele está disponível para centros de pesquisa e empresas. Isso significa que os avanços em poder de computação não estão restritos a governos, tornando a corrida pela segurança digital ainda mais urgente.

Uma corrida contra o tempo

Apesar de o Bitcoin seguir protegido por enquanto, a evolução da tecnologia quântica é veloz. O experimento chinês mostra que a era da segurança absoluta pode estar chegando ao fim1. Sistemas bancários, redes criptografadas e carteiras digitais precisam se adaptar antes que seja tarde demais.

Em resumo, a ameaça não está em um ataque imediato, mas no relógio que começou a correr. Reforçar a segurança criptográfica é agora uma urgência — antes que os qubits deixem de ser uma teoria para se tornarem uma vulnerabilidade real.

Conclusão

O avanço da China na computação quântica representa um marco na evolução tecnológica, mas também um alerta para o futuro da segurança digital. Embora o Bitcoin e outras criptomoedas ainda estejam protegidos, especialistas recomendam que sistemas de criptografia sejam aprimorados para evitar vulnerabilidades futuras.

Fonte: Cointribune

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Foto de Cristiano Firmani no unsplash