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Brasil tem potencial para ser potência em IA, afirma presidente da Microsoft

Em um momento decisivo para o avanço tecnológico global, a Microsoft acredita que o Brasil pode se tornar um dos principais protagonistas mundiais na corrida pela inovação baseada em inteligência artificial (IA). A afirmação foi feita por Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, durante eventos recentes voltados à transformação digital e à economia do futuro.

Segundo Cosentino, o país reúne elementos estratégicos para se destacar na era da IA, como diversidade cultural, um mercado interno robusto, alto consumo de tecnologia e ecossistemas empreendedores em crescimento. No entanto, ela alerta que o caminho para essa liderança exige atenção urgente à capacitação profissional, infraestrutura digital e governança responsável dos dados.

Potencial estratégico do Brasil na era da IA

A presidente da Microsoft Brasil destacou que a inteligência artificial tem o poder de impulsionar setores-chave da economia nacional, desde a agricultura até a saúde, logística e educação. Com o apoio das ferramentas de IA, empresas brasileiras podem ganhar produtividade, agilidade e precisão, além de reduzir custos e otimizar decisões.

A Microsoft já vem colaborando com instituições públicas e privadas no país para democratizar o acesso à IA e oferecer soluções inteligentes aplicadas ao contexto brasileiro, como:

• Plataformas de análise agrícola com IA para monitoramento climático e produtividade no campo;

• Algoritmos aplicados à medicina para diagnósticos mais rápidos e assertivos;

• Ferramentas de automação para pequenas empresas e setores de manufatura.

Segundo Cosentino, "o Brasil tem tudo para ser um polo global de inovação, mas precisa investir em educação tecnológica e estabelecer políticas claras de governança de dados".

Capacitação profissional como pilar essencial

Um dos maiores gargalos apontados pela executiva é a falta de mão de obra qualificada para lidar com as novas tecnologias. A rápida evolução da IA exige profissionais com competências digitais, como ciência de dados, engenharia de software, ética digital e segurança cibernética.

Para enfrentar esse desafio, a Microsoft reforça seu compromisso com a capacitação em larga escala, por meio de iniciativas como:

• Microsoft Mais Brasil, programa que já qualificou milhões de pessoas em competências digitais e pretende alcançar ainda mais até 2025;

• Parcerias com escolas, universidades e ONGs para formar jovens e adultos em IA, programação e computação em nuvem;

• Plataformas online gratuitas como o Microsoft Learn, que oferecem cursos com certificados reconhecidos no mercado.

"Não basta termos tecnologia disponível, precisamos de pessoas prontas para utilizá-la com responsabilidade e criatividade", disse Cosentino.

Governança de dados e uso ético da IA

Além da qualificação, outro ponto central para o avanço do Brasil na liderança em IA é a criação de marcos regulatórios sólidos que garantam a privacidade, a segurança e o uso ético da inteligência artificial.

A presidente da Microsoft destacou a necessidade de uma governança multissetorial e transparente, que envolva empresas, governo, academia e sociedade civil. O objetivo é assegurar que as tecnologias de IA sejam usadas de forma inclusiva, justa e segura, sem reproduzir desigualdades ou discriminações.

Cosentino defende que o Brasil pode se tornar referência global se:

• Criar uma agenda nacional de IA com foco em desenvolvimento sustentável e inclusão;

• Estabelecer diretrizes claras para proteção de dados pessoais, alinhadas à LGPD;

• Incentivar a pesquisa científica e tecnológica nacional em parceria com grandes centros internacionais.

"A responsabilidade no uso da IA é tão importante quanto a inovação. Precisamos garantir que o avanço tecnológico beneficie toda a sociedade", ressaltou a executiva.

Inclusão digital e acesso à tecnologia

Outro ponto enfatizado pela Microsoft é a importância da inclusão digital para garantir que os benefícios da IA cheguem a todos os brasileiros, e não apenas aos grandes centros urbanos.

A empresa defende o investimento em infraestrutura de conectividade, como expansão da internet em regiões remotas e acesso a dispositivos tecnológicos de baixo custo. Projetos como o Airband, da própria Microsoft, buscam levar internet de qualidade para comunidades rurais e indígenas no Brasil.

"A transformação digital não pode deixar ninguém para trás", afirma Cosentino. "A IA precisa ser um instrumento de equidade e desenvolvimento."

Casos de sucesso no Brasil

A Microsoft já apoia diversas iniciativas de IA no Brasil que servem como exemplo do potencial da tecnologia:

• Parceria com o SUS: Desenvolvimento de algoritmos para triagem e priorização de exames médicos em hospitais públicos;

• Agricultura 4.0: Monitoramento de safras por satélite com IA para auxiliar pequenos produtores na tomada de decisões;

• Combate ao desmatamento: Aplicações de IA para identificar áreas de desmatamento ilegal na Amazônia;

• Educação pública: Plataformas adaptativas que personalizam o ensino de acordo com o desempenho do aluno.

Esses projetos demonstram como a IA pode ser usada de maneira concreta e eficaz para resolver problemas sociais e estruturais do país, elevando o Brasil a uma posição de destaque na agenda global de tecnologia e inovação.

O papel do setor público e privado

A Microsoft acredita que a construção de um futuro baseado em IA no Brasil depende de uma ação colaborativa entre setor público, privado e sociedade civil. É necessário investir em políticas públicas, incentivos à pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura e leis que promovam a inovação sem comprometer os direitos dos cidadãos.

A empresa se coloca como parceira estratégica do Brasil nessa jornada, oferecendo suporte técnico, conhecimento, ferramentas e programas sociais. Para Cosentino, o futuro do país passa pela tecnologia — e a IA é o motor dessa transformação.

Fonte: Microsoft News Center Brasil – news.microsoft.com/pt-br

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