Mineração Submarina: Empresas Iniciam Extração de Metais Valiosos no Fundo do Mar
Empresas iniciam mineração submarina para extrair metais essenciais, levantando preocupações ambientais e legais ao contornar a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.
CIÊNCIA
Equipe Spark News
5/2/20252 min ler
A Corrida pelos Metais do Fundo do Mar
A demanda crescente por metais como níquel, cobalto, cobre e manganês, essenciais para tecnologias verdes e dispositivos eletrônicos, levou empresas a explorarem novas fronteiras: o fundo do oceano. A canadense The Metals Company (TMC) é uma das pioneiras nesse movimento, iniciando a extração de nódulos polimetálicos na Zona Clarion-Clipperton, uma área rica em minerais entre o Havaí e o México.
A TMC, por meio de sua subsidiária Nauru Ocean Resources Inc. (NORI), já havia recebido contratos exploratórios da ISA em 2011. Em abril de 2025, a empresa submeteu pedidos de licenças comerciais e de exploração adicionais sob a legislação dos EUA, aproveitando uma ordem executiva do ex-presidente Donald Trump que visa acelerar o licenciamento de mineração submarina.
Controvérsias Legais e Ambientais
A iniciativa da TMC de buscar licenças através da NOAA, agência dos EUA, em vez de seguir exclusivamente os trâmites da ISA, gerou críticas. Especialistas argumentam que, embora os EUA não sejam signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ainda estão sujeitos a normas internacionais.
Ambientalistas e cientistas alertam para os riscos da mineração submarina, incluindo a destruição de habitats marinhos, liberação de carbono armazenado nos sedimentos e impactos em espécies ainda desconhecidas.
A Ordem Executiva e Seus Impactos
A ordem executiva assinada por Trump em abril de 2025 instrui agências federais a acelerarem o processo de licenciamento para mineração submarina, com o objetivo de reduzir a dependência dos EUA de minerais críticos provenientes da China. A medida também desafia a autoridade da ISA, que ainda não finalizou regulamentações para a mineração comercial em águas internacionais.
Críticos argumentam que essa abordagem unilateral pode desestabilizar a governança oceânica e incentivar a exploração desregulada dos fundos marinhos.
Perspectivas Futuras
Enquanto empresas como a TMC avançam com seus projetos, a comunidade internacional enfrenta o desafio de equilibrar a necessidade de minerais essenciais com a preservação dos ecossistemas marinhos. A falta de consenso sobre regulamentações e os potenciais impactos ambientais colocam a mineração submarina no centro de um debate global sobre sustentabilidade e governança dos oceanos.
Fonte Scientific American
Foto de Jakub Dziubak no Unsplash
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