Santander avalia investimento em criptomoedas com planos iniciais de stablecoin
Santander avalia investimento em criptomoedas com planos iniciais de stablecoin. Entenda os motivos, os impactos no mercado financeiro e os próximos passos do banco no universo cripto.
TECNOLOGIA
Equipe Spark Tech
5/31/20254 min ler
Santander mira o mercado de criptomoedas
O Santander, um dos maiores bancos do mundo, anunciou que está avaliando a criação de uma stablecoin própria como primeiro passo para ingressar de forma mais estruturada no universo das criptomoedas. A informação foi confirmada por executivos da instituição, que destacaram que o projeto ainda está em fase de análise e desenvolvimento.
O interesse do Santander nas criptomoedas reflete uma tendência global do setor bancário, que busca modernizar seus serviços e oferecer soluções digitais mais seguras e eficientes, alinhadas às tecnologias emergentes, como blockchain e ativos digitais.
O que é uma stablecoin e por que o Santander quer uma?
Stablecoins são criptomoedas atreladas a ativos estáveis, como moedas fiduciárias (real, dólar, euro) ou commodities (ouro, petróleo), que garantem menor volatilidade em relação às criptomoedas tradicionais, como Bitcoin ou Ethereum.
No caso do Santander, a ideia é criar uma stablecoin lastreada em moeda fiduciária — provavelmente o euro, considerando sua forte atuação na Europa — para ser utilizada em transações internacionais, pagamentos digitais, transferência de valores entre contas e até em negociações de câmbio.
Segundo fontes internas, os principais objetivos são:
Redução de custos operacionais em transferências internacionais
Aumento da velocidade nas transações entre países
Maior segurança e rastreabilidade usando blockchain
Atender a demanda crescente por serviços financeiros digitais
Por que os bancos estão entrando no mercado de criptomoedas?
O mercado de criptomoedas deixou de ser uma exclusividade de startups e plataformas descentralizadas. Nos últimos anos, diversos bancos começaram a explorar esse universo, seja por meio da criação de stablecoins, seja oferecendo custódia de ativos digitais ou desenvolvendo soluções baseadas em blockchain.
As principais razões são:
Demanda crescente dos clientes por soluções digitais
Competição com fintechs e plataformas DeFi (finanças descentralizadas)
Busca por reduzir custos operacionais com sistemas mais eficientes
Pressão para modernizar o setor bancário tradicional
Acompanhamento das tendências do mercado global
Planos do Santander para o mercado cripto
Embora o projeto de stablecoin esteja em fase inicial, executivos do Santander não descartam a possibilidade de expansão para outros serviços relacionados ao mercado de criptomoedas. Entre os planos futuros estão:
Plataforma própria para custódia de ativos digitais
Serviços de câmbio utilizando blockchain
Integração com sistemas de pagamentos internacionais baseados em criptoativos
Parcerias com empresas de tecnologia financeira (fintechs)
O banco já possui experiência anterior com blockchain, tendo participado de projetos-piloto em parceria com o Ripple (XRP) e outras redes focadas em pagamentos internacionais.
Desafios e regulamentação
Apesar do potencial, o caminho não é livre de desafios. A regulamentação de ativos digitais ainda é uma questão sensível e varia de país para país.
O Santander tem acompanhado de perto as discussões na União Europeia, especialmente com a implementação do MiCA (Markets in Crypto-Assets Regulation), que estabelece regras claras para emissão e negociação de criptoativos em território europeu.
No Brasil, o Banco Central já sinalizou que pretende regular as stablecoins, especialmente aquelas com potencial de uso massivo no sistema financeiro.
Entre os principais desafios estão:
Garantir conformidade regulatória
Prevenir lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo
Estabelecer parcerias tecnológicas seguras e escaláveis
Garantir a segurança dos ativos digitais e dos dados dos clientes
Impacto no mercado financeiro
A entrada do Santander no mercado de stablecoins deve gerar impacto relevante no setor financeiro, tanto tradicional quanto digital. Caso o projeto seja implementado, o banco se posicionará como um dos pioneiros entre as grandes instituições financeiras globais a oferecer uma moeda digital própria.
Isso poderá:
Estimular outros bancos a acelerar projetos similares
Impactar empresas de remessas e pagamentos internacionais
Gerar mais confiança no uso de ativos digitais entre clientes tradicionais
Aumentar a competitividade frente às fintechs e plataformas DeFi
O que dizem os especialistas?
Segundo analistas do setor financeiro e de blockchain, a movimentação do Santander é uma consequência natural da transformação digital do setor bancário.
“O desenvolvimento de stablecoins por bancos tradicionais é um caminho inevitável. Isso garante aos clientes a confiança de uma instituição regulada, aliada à agilidade e eficiência dos ativos digitais”, afirma Lucas Moraes, especialista em criptoativos da consultoria Blockchain Solutions.
Outros analistas destacam que, ao adotar uma stablecoin, o Santander também se prepara para um futuro onde moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) possam ser integradas ao sistema financeiro global.
Santander e o histórico com tecnologia blockchain
O Santander não é novato no uso de blockchain. A instituição já realizou parcerias com empresas como Ripple e IBM para testes em transferências internacionais e soluções de rastreabilidade financeira.
Além disso, o banco investe constantemente em inovação, mantendo laboratórios de tecnologia na Espanha, Brasil, Reino Unido e Estados Unidos, voltados ao desenvolvimento de soluções digitais e tecnologias emergentes.
Conclusão
A avaliação do Santander sobre investir no mercado de criptomoedas, começando pela criação de uma stablecoin, demonstra que o setor financeiro tradicional está cada vez mais aberto às inovações tecnológicas. Se concretizado, o projeto pode acelerar a adoção de ativos digitais no cotidiano dos consumidores, oferecendo segurança, agilidade e menor custo nas transações.
Esse movimento reforça a tendência de transformação digital no setor bancário e pode redefinir a forma como clientes interagem com o dinheiro nos próximos anos.
Fonte: CoinDesk, Bloomberg, Santander Group, Banco Central Europeu.
Leia mais...
Foto de Dmytro Demidko no unsplash
Notícias
Fique por dentro das últimas novidades tecnológicas, Ciência, Internet, Redes Sociais e Smartfone.
© 2025. All rights reserved.